Amaranto, a pipoca do século

Nossos tempos de modernidade, que nos levam à uma vida agitada, onde o pão nosso de cada dia, mais assemelha-se à uma combinação de “tudo ou nada”, podemos notar um crescente e, porque não dizer, surpreendente aumento das comorbidades associadas às doenças cardiovasculares.
De fato existe a confirmação das conseqüências desastrosas de uma alimentação desequilibrada, predominantemente composta por alimentos preparados com gordura saturada, açúcar e farinha refinados. O fato é que existem alternativas alimentares, porém nem sempre existe motivação ou tempo, por parte de quem está tentando regularizar a saúde e o estado físico, para buscar tais opções saudáveis.
E com tantos problemas de saúde, tantas mortes relacionadas ao diabetes, dislipidemia, doenças cardíacas, entre outros, imaginem só que os cientistas estão investindo pesado em pipocas? Bem, mas para o alívio dos portadores da “síndrome metabólica” essa é a pipoca que irá revolucionar o mundo da alimentação, o Amaranto.
Classificado como pseudocereal, em forma de semente, ou grão, é um dos vegetais mais importantes da América pré-colombiana, altamente nutritivo e, pasmem, excelente redutor de níveis de colesterol plasmático, possuindo um componente químico capaz de inibir a enzima responsável pelo acúmulo de colesterol no organismo.
Suas inúmeras qualidades nutricionais podem ser resumidas em uma seqüência de palavras que soa como música aos ouvidos: possui o dobro de proteínas de alto valor biológico (14-20% a mais que outros cereais), fonte de fibras, zinco e ferro. Mas suas propriedades não terminam por aqui. Além dos elementos citados, o Amaranto ainda tem uma grande quantidade de Cálcio biodisponível, propriedade rara nos vegetais comuns, fator que contribui para a prevenção da osteoporose e beneficia os intolerantes à lactose. Para completar seu “currículo”, NÃO CONTÉM GLÚTEN, o que torna possível sua introdução na dieta de celíacos.
Além disso, pela grande quantidade de fibras, pesquisadores relatam que os experimentos realizados surtiram efeitos positivos em relação à saciedade. Eles alegam que os voluntários participantes da pesquisa referiram grande supressão da fome.
A idéia é introduzir a semente em alimentos onde exista uma grande aceitação pelos brasileiros. Porém o grão fica melhor e mais fácil de utilizar quando aquecido e estourado. Outras preparações como pães, saladas, biscoitos, barras de cereal, são algumas preparações alternativas experimentadas até o momento pelos pesquisadores.
Com tantos benefícios e propriedades inegáveis, a previsão é num futuro muito próximo o tratamento esteja no cinema. “Moço, por favor, uma pipoca de amaranto tamanho família, e uma porção de cookies de amaranto!”